When you lose your mind, eternal prize.
quarta-feira, 24 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
Luz e escuro
As pessoas alimentam um conceito interessante sobre a luz. Acreditam que todo bem vem proveniente da luz (até mesmo as Light Arrows do Zelda), e que toda sombra e ausência de luz devam inexistir e a luz deve reinar. Honestamente, não sei o motivo de tal crença. Acredito que a luz e a escuridão são equivalentes. As pessoas temem se cegar na escuridão, mas assim como a ausência total de luz, o excesso dela também nos cega. Uma criança pode desenvolver um trauma infantil do escuro. Por não poder enxergar? Por imaginar coisas que não existem, na escuridão? Tudo na luz parece tão bem esclarecido. Bem aceitável. Mas o que existe na escuridão também existe na luz, é tudo questão de perspectiva, de sentido.
Como os seres humanos que somos, tememos o que não conhecemos. O que vive na escuridão, não se conhece, pois não se vê. Acreditamos no que nos é palpável através dos sentidos. Só admitimos um gosto quando o sentimos, só admitimos um som quando ouvimos, só admitimos um cheiro ao aspirá-lo, e só admitimos algo se o vemos. O que não se vê, não existe. Por mais que acreditemos que algo exista sem vê-lo, sempre nos restará uma dúvida. Existem duas exceções apenas: os que creem em Deus e os cegos, que são obrigados a acreditar que tudo que é dito que existe realmente existe, já que não se pode confirmar nada, mas mesmo assim, reinará a dúvida de como as coisas aparentam ser.
Todo o bem enfeitado Discurso do Método de nada vale se não é possível ver o que é preciso duvidar para se conhecer. Não somos capazes de ver diversas coisas. Talvez menos provável que seja por estarmos na escuridão da ignorância, mas mais provável por estarmos cegos pela luz da pretensão humana. A ignorância absoluta é, acima de tudo, se deixar cegar pela luz e ignorar qualquer escuridão que possa se manifestar. De tão comum que isso é hoje, o sentido mais cotidiano para “ignorância” não é mais “não saber algo”, e sim “insistir em uma verdade falsa”.
Por fim, devemos todos procurar nosso caminho pela escuridão, sem nos deixar cegar pela luz. Estamos em um meio onde ambos coexistem, o que é fisicamente impossível, imagino, mas a metáfora valeu de algo, espero. Pra finalizar:
Se você ainda assim prefere mais luz na sua vida, Let There Be More Light.
Esse pessoalzinho underground dançando me dá medo.
Bowie + violino = sexy
quinta-feira, 11 de março de 2010
Glória
O confronto explodia em meio ao campo de batalha, e o general reunia os homens que sobravam.
- A luta está perdida! – Disse o general, erguendo a espada aos céus.
A cara de horror foi vista em cada uma das faces dos soldados.
- Mas não desalenteis, meus bravos homens! Lutemos, em nome de nossa pátria! O inimigo pode ser maior, mas nossa vontade excede a de qualquer exército destas vastas terras! Cada inimigo derrubado contará nessa luta! Morreremos, mas que levemos o maior número de malditos conosco para o inferno!
O medo transformou-se em coragem: não sentiam mais medo da morte. Morreriam, mas lutariam pois sua pátria não precisava de covardes, mas sim de heróis dispostos a abandonar tudo pela batalha vigente.
Avançaram os últimos soldados, em frente, enfrentariam o exército inimigo. Enfrentariam cerca de três vezes mais homens do que todos que tinham em seu exército. Mas lutariam.
A luta sucedeu-se, e brados de satisfação e dor se ouviam pelo campo de batalha. O general lutava, e causava a morte mais sangrenta possível de seus inimigos. Mas aos poucos viu-se emboscado por inúmeros oponentes, e, sem notar, um atravessou-lhe uma lança pelo peito.
- Ah! Hahahaha! – Começou a rir, histérico – Falhei com minha pátria, mas não falhei comigo mesmo! Morrerei com glória, pois lutei até o fim!
Sentia a vida esvair-se de si, mas não com um sentimento de que cumpriu seu dever até o último suspiro. Por fim, desceu ao chão, encarava os céu vespertino que se fechava lentamente sobre ele.
E estava caído, no chão gélido e rígido do hospício. Enquanto médicos e enfermeiros socorriam o paciente, este soltava seus últimos risos, satisfeito. Morreu.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Pink Floyd X Vendas digitais
A banda britânica Pink Floyd entrou nesta terça-feira (9) com um processo na Justiça contra a gravadora EMI para discutir os pagamentos de royalties e a maneira como a música é vendida na era digital.
A banda, que fechou contrato com a EMI há mais de 40 anos e cujo catálogo só foi superado em vendas pelo catálogo dos Beatles, contesta os cálculos de seus royalties on-line e o marketing de sua música, informou a agência Press Association.
O Pink Floyd, cujos álbuns incluem clássicos como “The Dark Side of the Moon” e “The Wall”, também contesta o direito da EMI de “decompor” seus álbuns e vender faixas individuais on-line.
Robert Howe, o advogado do Pink Floyd, disse à Alta Corte de Londres que uma cláusula contratual “proíbe expressamente” tal “decomposição”, ou seja, a venda de faixas em qualquer configuração senão a original, quer seja em formato físico ou digital.
Ele disse que a posição da EMI é que a proibição “se aplica apenas ao produto físico e não ao produto on-line”.
FonteAcredito que as vendas online de músicas são o futuro, e não há como impedir. Nunca comprei nenhuma música online, mas deve ser interessante pra quem pode. De qualquer forma, a posição da banda foi um tanto inusitada: são contra a venda das faixas individuais. Acho que Pink Floyd é uma das únicas bandas que conheço que se preocupa tanto com a integridade de seus álbuns a ponto de reclamar disso judicialmente. Como ouvinte assíduo, posso dizer que os álbuns são bem melhores se ouvidos na íntegra. Ouvir Time, Comfortably Numb e Money pode ser legal, mas ouvir The Dark Side of the Moon e The Wall é, sem duvida, muito mais satisfatório, por oferecer uma experiência completa. Agora, vender albuns completos online não deve ser tão vantajoso do que vender faixas avulsas, imagino.
De qualquer forma, Pink Floyd arranjando confusão por coisas assim não é nenhuma novidade.
Esses caras são um... Você sabe.
Night shift
À noite é mais legal pra se estudar do que imaginava.
Comecei a estudar a noite, um período fascinante. Os que me conhecem já devem ter tido a oportunidade de ler minhas divagações sobre a noite, e sabem que não sou muito fã de sair a noite pela cidade (como se eu pudesse), entretanto. De qualquer forma, tô estudando de 18:45 até 22:30 da noite, e acho uma coisa: interessante.Como não trabalho, me sobra a madrugada e a tarde do dia seguinte livres pra fazer absolutamente nada, o que já é um ponto positivo. Não preciso dormir cedo, nem ser forçado a acordar. As pessoas do colégio são relativamente diferentes do que eu estava acostumado. São homens e mulheres de diversas idades, variando de 15 a 25 anos, na grande maioria. Possuem seus estilos próprios, agem de forma independente, e, obviamente, trabalham (o que me faz sentir-me um vagabundo perdido no meio dos que ralam o dia todo). O melhor é que não tem aquele povo besta e criança que eu encontrava aos montes na outra escola. Pode-se dizer que são bem mais conversativos.
As aulas estão conforme eu esperava. São um pouco menos puxadas do que no período da manhã ou da tarde, mas acredito não estar muito longe disso. Os professores e o pessoal da minha classe são mais legais e divertidos do que eu esperava, e as parcerias já estão se formando. rs
Enfim, no geral, estou gostando mais do que eu imaginava que ia gostar. Agora, já estudo pouco, estudando menos à noite, sinto que vou ter que virar padeiro, mesmo. Vamos ver se um dia eu tomo vergonha na cara um dia.
terça-feira, 9 de março de 2010
Introdução
Das profundezas do nada... Eu.
Não lhe peço para sentar-se
Nem para acomodar-se
No vazio há apenas estas palavras
Que flutuam como ar no vácuo
Não há rimas pois sonoridade também não há
Apenas desarranjos caóticos
Num lugar onde a criação não alcançou
Não sente-se
Procure nas palavras a tua única saída
No nada.